Os preços da cenoura caíram 22,88% no atacado em abril, após quatro meses consecutivos de alta. A redução foi impulsionada pela boa oferta nas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país, segundo o 5º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta sexta-feira (23) pela estatal.
A alface e o tomate também registraram recuo nos preços. No caso da folhosa, a queda foi observada de forma desigual, com destaque para a Ceagesp, Ceasa de Campinas e unidades de Santa Catarina. Já o tomate teve redução de 5,82% na média ponderada, influenciada pelo aumento de 5,3% na oferta em relação a março.
Em contrapartida, os preços da batata e da cebola subiram no período. A batata teve alta expressiva de 36,67%, devido à mudança no eixo de fornecimento, com diminuição dos envios do Paraná e maior participação de produtores do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
Apesar da alta, os preços da batata seguem abaixo dos registrados nos dois anos anteriores. A cebola também apresentou elevação nos preços em abril, movimento sazonal esperado, mas ainda com valores inferiores aos praticados em 2024, reflexo da recuperação da safra de Santa Catarina.
Entre as frutas, a tendência foi de queda nas cotações. Banana, laranja, mamão e melancia ficaram mais baratas no último mês. A banana prata, apesar de elevada, teve os preços contidos pela concorrência com a variedade nanica e pelo menor tempo de comercialização durante os feriados de abril.
A laranja sofreu queda nos preços devido à baixa qualidade de parte dos lotes e à menor demanda provocada pelo frio. O mamão recuou 10,53%, influenciado pelo clima e pela boa oferta da variedade formosa. A melancia também teve queda de 15,39%, reflexo da baixa procura nas temperaturas mais frias.
A maçã foi a única fruta analisada que apresentou aumento no preço. A média ponderada subiu 3,86%, puxada pela menor oferta da variedade gala após o fim da colheita. A variedade fuji, por sua vez, estava no auge da safra no fim de abril.
No campo das exportações, o setor hortigranjeiro teve desempenho positivo no primeiro quadrimestre de 2025. Foram exportadas 407 mil toneladas, um aumento de 24% em relação ao mesmo período de 2024. O faturamento chegou a US$ 445 milhões (FOB), 11% a mais do que no ano ado.
O boletim também traz uma análise sobre as condições das rodovias utilizadas para o escoamento dos alimentos in natura e o impacto no abastecimento das Ceasas. Os dados foram coletados em unidades de abastecimento nas regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Norte.
A íntegra do 5º Boletim Hortigranjeiro 2025 está disponível no Portal da Conab, com informações detalhadas sobre a comercialização de frutas e hortaliças nas principais Ceasas do país.
Informações: Companhia Nacional de Abastecimento(Conab)