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Pesquisa de Minas Gerais impulsiona soluções para reduzir gases de efeito estufa na agropecuária 5c4t43

Estudo desenvolve alternativas inovadoras para diminuir as emissões e promover a sustentabilidade no setor agropecuário mineiro 5l613u

29/05/2025 às 13:00 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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A produção bovina é um dos principais emissores de gases de efeito estufa (GEEs), especialmente metano (CH4), um dos gases com maior potencial de aquecimento global. Em 2023, o setor registrou alta de 2,2% nas emissões, o quarto recorde consecutivo, segundo o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG).

Para contribuir com uma agropecuária mais sustentável, o Governo de Minas, por meio da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), desenvolve pesquisas para reduzir a emissão de metano entérico na bovinocultura e promover o sequestro de carbono em sistemas integrados.

Uma das linhas de pesquisa é liderada por Edilane Silva, coordenadora do Programa Estadual de Pesquisa em Bovinocultura da Epamig. No Campo Experimental Getúlio Vargas, em Uberaba, são estudadas dietas manipuladas para melhorar a digestibilidade e reduzir a liberação de metano pelos bovinos.

“Buscamos atuar na fermentação entérica, processo digestivo natural dos ruminantes. O objetivo é aumentar a digestibilidade da dieta, reduzindo o tempo do alimento no rúmen, o que eleva a eficiência produtiva e diminui a liberação de metano”, explica Edilane.

O estudo avalia o uso de leguminosas, como o amendoim forrageiro, que possui taninos capazes de inibir bactérias metanogênicas sem afetar a produção. Resultados preliminares indicam redução de até 30% nas emissões de metano, segundo o pesquisador Ângelo Moreira.

Para quantificar as emissões, os pesquisadores utilizam a técnica do hexafluoreto de enxofre (SF6), que envolve uma canga especial para capturar os gases liberados pelos animais ao longo de 24 horas.

A Epamig firmou parceria com o Grupo Agronelli, empresa mineira que produz leite e adota tecnologias sustentáveis, para aplicar os estudos em larga escala. Segundo José Bellote, diretor agroindustrial da Agronelli, a iniciativa busca mostrar que a produção agropecuária pode ser responsável e equilibrada ambientalmente.

Além da redução das emissões, a Epamig desenvolve sistemas integrados de produção, como o ILPF (integração lavoura-pecuária-floresta), que combinam culturas agrícolas, forrageiras e florestais para sequestrar carbono e aumentar a eficiência no uso de recursos naturais.

“Implantamos os sistemas integrados em uma área cultivada com capim-marandu há mais de 25 anos. O modelo ILPF, que combina milho, forrageiras e espécies florestais como o Corymbia citriodora, proporciona maior eficiência no uso da água e dos fertilizantes. Com isso, conseguimos converter uma área de emissão líquida em uma área de sequestro de carbono, tornando o sistema produtivo mais resiliente”, destaca Fernando Oliveira Franco, chefe da Epamig Oeste.

O projeto conta com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e contribui para que Minas cumpra sua meta de reduzir 36% das emissões de metano na pecuária até 2030, conforme o Plano Estadual de Ação Climática (Plac).

Informações: Agricultura MG 


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